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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Temer diz que decidiu por Forças Armadas por “insuficiência” da Força Nacional de Segurança

O presidente Michel Temer admitiu esta noite (24) que foi dele, e não do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a decisão de convocar tropas das Forças Armadas para a “garantia da lei e da ordem” em Brasília até o próximo dia 31. Em nota, Temer reconheceu que Maia havia pedido o emprego da Força Nacional de Segurança, mas afirma que optou pela convocação de 1.300 integrantes do Exército e 200 fuzileiros navais devido à “insuficiência dos meios policiais” solicitados pelo presidente da Câmara.

No final da tarde, Maia cobrou do governo que “repusesse a verdade”, já que ele estava sendo responsabilizado por deputados da oposição pelo decreto presidencial. Ele também considerou excessiva a decisão do governo de manter tropas das Forças Armadas na cidade mesmo após o encerramento do protesto.

O governo alega que os atos de violência registrados hoje “colocaram em risco a vida e a incolumidade dos servidores” que trabalham na Esplanada. A decisão de Temer pegou de surpresa o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que reclamou por não ter sido consultado e reprovou a adoção da “medida extrema”.

“Diante de tais circunstâncias, o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da Esplanada e proteger o patrimônio público, tal como foi feito anteriormente em vários Estados brasileiros. Restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado”, diz a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). Ainda de acordo com o comunicado, o presidente “não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário”.

Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal por obstrução da Justiça, corrupção e organização criminosa. Uma das acusações contra o presidente é de ter silenciado diante da confissão de crimes pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, como a compra de dois juízes que o investigavam e a infiltração de um procurador da República que vazava para ele informações privilegiadas. O presidente também é acusado de receber propina.

A Polícia Militar estima que mais de 35 mil pessoas participaram da manifestação. Os ministérios localizados na Esplanada foram esvaziados. Foram registrados vários casos de incêndios e depredações e confrontos entre manifestantes e policiais. Estima-se que cerca de 50 pessoas tenham ficado feridas durante os protestos e os confrontos.

Congresso em Foco

Governo adota no SUS pílula que previne HIV em grupos de risco

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta (24) a incorporação no SUS de tratamento que previne a infecção pelo HIV. A terapia será ofertada a grupos mais expostos ao risco, como homens que fazem sexo com homens e profissionais do sexo.

O tratamento consiste na administração diária do antirretroviral Truvada, que é uma combinação de outros dois medicamentos (tenofovir e emtricitabina), em pessoas não infectadas pelo HIV que mantêm relações de risco.

No primeiro ano, o tratamento estará disponível para 7.000 pessoas, número que foi tido como insuficiente por especialistas durante discussão sobre o assunto na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), que recomendou a terapia.

Folha de S.Paulo

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