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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Pesquisadores da USP descobrem planta com potencial para matar células do HIV


A toxina utilizada no estudo, a pulchellina, é retirada da planta Abrus pulchellus tenuiflorus

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram desenvolver uma imunotoxina , em conjunto com a Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos, capaz de matar 90% das células infectadas com HIV em apenas 10 minutos, inclusive as adormecidas, sem causar danos as células saudáveis. As informações são do UOL.

A imunotoxina é usada na imunoterapia. Ela é uma combinação entre um anticorpo e uma toxina. Neste trabalho, este complexo é formado por um anticorpo que detecta célular infectadas pelo vírus HIV e pela toxina pulchellina, uma proteína retirada de uma trepadeira nativa do Nordeste, a brus pulchellus tenuiflorus. O anticorpo encontra a célula doente e a toxina mata.

Para o supervisor do estudo no Instituto de Física da USP de São Carlos, Francisco Guimarães, a pesquisa é bem-sucedida, mas ainda há uma longa fase de testes para que ela possa ser validada como terapia em seres humanos.

Conforme o físico biomolecular Mohammad Sadraeian, autor do projeto, os medicamentos atuais para o tratamento de HIV reduzem a quantidade do vírus no sangue, mas não atuam nos que estão ocultos no organismo. Ele explica que embora existam medicamentos eficazes no tratamento de células cancerosas, eles não têm capacidade para matar células adormecidas, a exemplo das infectadas pelo HIV.

Segundo o Ministério da Saúde, há 827 mil pessoas com HIV no Brasil. No mundo, conforme dados da Unaids, programa da ONU para combate ao HIV, 36,7 milhões de pessoas vivem com a doença.

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