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quinta-feira, 8 de março de 2018

Fortaleza é 2ª cidade mais violenta do Brasil, aponta pesquisa


Fortaleza é a segunda cidade mais violenta do Brasil, de acordo com um ranking divulgado nesta semana pela organização de sociedade mexicana Segurança, Justiça e Paz, que, anualmente, faz um levantamento com base em taxas de homicídios por 100 mil habitantes. A capital cearense – que aparece no 7º lugar geral –, em especial, é destacada no relatório por sua taxa de homicídios ter subido 85% entre 2016 e 2017 – de 44,98 para 83,48.

O levantamento aponta ainda que o Brasil é o país com o maior número de cidades entre as 50 áreas urbanas mais violentas do mundo, com 17 no total. O relatório leva em conta apenas municípios com mais de 300 mil habitantes. Natal, capital do Rio Grande do Norte, aparece em quarto lugar dentre as 50 cidades, com 102,56 homicídios por 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma taxa acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes como característica de violência epidêmica.

Além de Natal e Fortaleza, as outras cidades brasileiras que aparecem no ranking são Belém (PA), Vitória da Conquista (BA), Maceió (AL), Aracaju (SE), Feira de Santana (BA), Recife (PE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Macapá (AP), Campos de Goycatazes (RJ), Campina Grande (PB), Teresina (PI) e Vitória (ES). O ranking geral é encabeçado pela mexicana Los Cabos (com 111,33 homicídios por 100 mil habitantes em 2017), seguida pela capital venezuelana, Caracas (111,19).

O crescimento da violência em cidades menores – e, sobretudo, do Norte e Nordeste brasileiros – alarma especialistas há mais de uma década. Como o Brasil não investiga seus homicídios (mais de 90% deles ficam impunes), é difícil identificar com total certeza as relações de causa e consequência no que diz respeito à violência urbana.

Estudiosos do tema apontam fenômenos como guerra de facções criminosas, avanço do tráfico de drogas e crescimento urbano sem a oferta de serviços de segurança eficazes como alguns dos motivos mais prováveis para a explosão da taxa de homicídios em cidades antes pacatas.

Em grandes capitais, onde pode haver maior número absoluto de homicídios, a taxa é menor, já que resulta do cálculo do total de assassinatos dividido pelo tamanho da população. São Paulo, por exemplo, teve taxa de 8,02 homicídios por 100 mil habitantes em 2017; o Rio, que vive uma crise de Segurança Pública, viu sua taxa crescer de 29,4 em 2016 para 32 homicídios por 100 mil habitantes no ano passado.

Fonte: Uol Notícias

Secretaria da Justiça suspende visitas de familiares a detentos em 10 prisões do Ceará


A Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus) decidiu suspender as visitas sociais e íntimas em dez prisões da região Centro-Sul do estado. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (6) e terá validade de 30 dias, contando a partir desta quarta-feira (7).

A medida será aplicada nas cadeias públicas de Acopiara, Cedro, Icó, Iguatu, Ipaumirim, Jucás, Lavras da Mangabeira, Mombaça, Orós e Várzea Alegre. Ela passa a valer no dia em que dois presos foram mortos e outros onze ficaram feridos em confronto entre detentos de facções criminosas rivais ocorrido na cadeia pública de Pentecoste.

Dentre as justificativas utilizadas pela Sejus para cortar as visitas de familiares aos detentos está a possibilidade de troca de mensagens entre os detentos e os membros de grupos criminosos fora da cadeia, que é facilitada por meio visitas.

Além disso, também são apontadas como motivo para a medida as ameaças a servidores penitenciários postadas na internet. Outros pontos considerados são a carência atual de agentes penitenciários para a garantia da segurança nas prisões e a falta de infraestrutura física nas unidades prisionais. A Sejus disse ainda que aguarda a posse de agentes penitenciários selecionados em concurso público realizado no início de 2018 pelo estado, bem como a conclusão de projetos e obras de reforma e restauração das prisões.

Fonte: G1

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